sábado, 28 de novembro de 2009

COVERT OPS | by øø7

Espionagem | Táticas | (falta de) Etiqueta para o dia-a-dia

Se você mora em apartamento e cedo ou tarde vai querer jogar algo pela sua janela ao menos seja profissional. Aprenda com os atiradores de elite (snipers) das forças especiais. Um sniper urbano do serviço secreto nunca se posiciona perto da janela ou deixa qualquer parte de sua arma exposta arriscando que o brilho do sol denuncie sua posição.

Então, ao explodir tórax e cabeças inimigas ou jogar fora o papel higiênico com seu catarro tenha sempre em mente que a) no momento do disparo mantenha as luzes apagadas e distância apropriada dos umbrais e b) capriche na força e trajetória da bal... do dejeto... para que mesmo que algum vizinho fofoqueiro perceba o objeto ele não possa transformar você em assunto da próxima reunião de condomínio.

Porque afinal de contas ninguém quer afegãos vingativos ou um síndico furioso em sua perseguição, quer?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um Álbum às Terças

Você só vai parar de ouvir sobre o Homem de Uma Luva Só quando o Retrospectiva 2009 acabar e o ano findar. Porque não experimentar ouvir as músicas do Rei do Pop de um jeito diferente? Baixe (ou compre) o Chill n' Michael.



O álbum de lounge music começa com Thriller de uma maneira que não assusta ninguém. A partir daí há Billie Jean, Beat It, Human Nature em chill'out music para surpreender os amigos naquela reunião na sua casa ou para ouvir no trânsito.

Pule Black And White, pois acho que é uma música que só fica boa na voz e arranjos do próprio Moonwalker. Falando nisso, não há Smooth Criminal na lista, mas não compromete.

Felizmente há Rock With You para garantir que você tenha uma desculpa ótima para chamar pra dançar até a mais hipócrita protetora dos direitos da criança e do adolescente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Contos de Espionagem



Capítulo 11 - A Mulher Com Cheiro de Tâmaras

Ela caminhava por entre as ruas com desenvoltura e a firmeza de quem não é apenas visitante. Os seus passos, não obstante, denotavam pressa e ansiedade de chegar cedo no encontro marcado previamente. Vestia um terno feminino marrom e enormes óculos escuros, muito desproporcionais, que escondiam seu olhar por trás de lentes grossas e soturnas.

Numa manhã de sol como esta ela jamais passaria despercebida em vários lugares do mundo e New York era um deles. Na cidade que dizem nunca dormir, os seus olhos estão sempre atentos para quem passa. Ela saltara de um táxi resolvendo ir a pé até o prédio luxuoso localizado na Broadway Avenue, próxima da 5th Avenue, onde seu empregador a esperava. Chegando à recepção do prédio, falou rapidamente com a segurança, cuja indicação do elevador correto ela agradeceu e apertou o botão apropriado. As portas se fecharam atrás dela quase no mesmo instante em que entrou no cubículo móvel que a conduziu ao último andar. No abrir de portas, um apartamento gigantesco e bem decorado, do tipo que se vê em revistas de imprensa marrom, revelou-se para ela.

Um serviçal de origem árabe a recebeu, oferecendo um drinque e avisando-a ficasse à vontade e que, quando retornasse, traria o que ela viera buscar. O serviçal profissionalmente conteve seu arrebatamento quando a mulher convidada retirou seus óculos e soltou seus longos cabelos vermelhos em demonstração de relaxamento e acolhimento. Antes de se retirar a outros cômodos e retornar a seus afazeres o serviçal não pôde deixar de espiar uma vez mais a misteriosa figura agora sentada adequadamente na sala de estar.

Pele muito branca, olhos sagazes, cabelos vermelhos de uma cor nunca vista em seu país antes, como só mesmo as ocidentais poderiam mixar as cores. Apesar de sua roupa discreta ele deduzira que seu corpo magro e esguio guardava secretamente curvas nos lugares adequados. Era certamente alguma nova aquisição de seu mestre. Por um momento, ficou feliz em servir a um homem de tanto bom gosto e desejou por um momento estar em seu lugar. Ter o seu poder.

A mulher aguardou pacientemente até que seu relógio marcou 15 minutos desde que chegara ao recinto. Seguindo seus instintos, imaginou que algo podia estar errado. De maneira discreta, percorreu com os olhos o cômodo em busca de câmeras que certamente a observavam e se dirigiu até o bar, onde imaginou ser a melhor posição no momento. Atrás do balcão, admirou algumas garrafas, remexeu algumas taças como se buscasse a combinação ideal para uma coquetel. Finalmente agarrou um balde de gelo e enquanto preenchia um copo de whisky deixou secretamente escorregar algo para dentro. Neste momento, o serviçal voltou aparentando tranqüilidade e sorriu ao ver que ela carregava o balde de gelo com ela ao retornar para o sofá. Deixou-o na mesa em frente e apenas serviu-se de uma pequena dose da garrafa que apanhara.

"Meu mestre infelizmente não poderá se apresentar, mas falará com você por conferência." - disse o serviçal, ligando um botão que fez descer uma tela grande e que revelou, após alguns toques de controle remoto, a face de seu empregador. Depois prostrou-se numa posição e lá ficou, imóvel, por detrás da mulher. Um movimento que não passou despercebido.

"Bom dia, minha cara." - a voz iniciou.

"Bom dia. O seu convite foi inesperado. Normalmente nossos negócios são resolvidos por meios de sempre."

"Sim, mas este ainda está incompleto."

"Incompleto ? O mundo inteiro viu Faishad Al-Haud ser assassinado e a honra inglesa ser humilhada ao vivo !" - A mulher semi-cerrou os dentes mostrando orgulho.

"Não questiono seus métodos ou eficiência, minha cara amiga, e sim as conseqüências dos atos perpetrados. Recebi informações que agentes aliados estão investigando o seu colega morto."

Ela calou-se por um momento e pensou um pouco sobre o que foi dito. Maturou as idéias e chegou à conclusão óbvia.

"Mohamed" - respondeu calmamente.

"Exatamente. Cedo ou tarde eles chegarão a você. Chegando a você, podem chegar a mim.. não, não diga nada, você sabe que eles podem conseguir se tiverem a força de vontade necessária... o resto, você conhece."

"Não me ameace, é muito indelicado de sua parte."

"Eu não faço ameaças, minha cara, apenas estou mostrando os fatos e seu provável desenrolar."

A mulher ruiva tomou uma decisão ao ouvir estas últimas palavras. Puxou o balde de gelo para mais perto, fora do alcance da visão do serviçal e pegou mais uma pedra.

"Então está decidido. Eu vou eliminar os agentes responsáveis pelo caso e isso atrasará a investigação tempo suficiente para você completar seu grande plano." - disse com muita ironia o final de sua frase.

"Mais 2 milhões de dólares cobrirão seu infortúnio?"

"É aceitável, uma vez que não é ninguém importante desta vez."

E continuou :
"Mas eu não gostei de sua atitude. E, apenas por isso, vou ter que lembrá-lo do porque me contratou para este trabalho."

Levantou-se velozmente, atingindo com seu cotovelo o nariz do serviçal, atrás dela, que caiu de joelhos pela dor. Em seguida, alcançou com a mão a pequena beretta que escorregara de sua manga para o balde de gelo e a apontou para a gigantesca tela.

Por um momento, o seu empregador mostrou incredulidade pela brutalidade ocorrida e a insanidade de ver aquela linda mulher apontar a arma para a tela de um monitor.

Sorrindo, ela desviou a mira para o serviçal, ainda no chão, e disparou em sua testa antes que ele pudesse sequer protestar. O árabe caiu morto e um filete de sangue muito fino escorria de sua cabeça.

"Isto foi desnecessário." - o homem disse, friamente.

"Não. Não foi."

"As informações sobre seu alvo e planos estão dentro da túnica dele." - disse o homem. Ela foi até o corpo, guardou a arma e procurou por um envelope na túnica do serviçal. Depois pegou o controle remoto, apontando-o na direção do monitor.

"Agora ambos sabemos do que somos capazes. Entro em contato quando terminar a missão." - e desligou o aparelho.

Abrindo o envelope, achou um passaporte brasileiro e um resumo da missão junto com números de contatos para buscar apoio no local. Pôs seus óculos escuros e chamou o elevador, sorrindo ao notar que no passaporte constava um nome que ela não saberia pronunciar direito. A língua portuguesa nunca fora seu forte, nada que a impedisse de usar passaportes de lá. Depois de tantos anos, já quase esquecera seu nome verdadeiro de tantos que já assumira e vivenciara, mas no mundo de mortes súbitas e atos hediondos ela era conhecida por apenas um nome.

Kali. O nome de uma santa cigana européia. Mas escolhera também em homenagem à deusa hindu da morte e destruição. Pois era, atualmente, a assassina mais perigosa do mundo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um Gadget às Sextas

Existem os paranóicos e existem os mortos. Ok, talvez não mortos mas certamente famosos na internet por algum arquivo capturado de seus próprios telefones celulares. Se você é como eu, provavelmente usa criptografia para guardar informações sensíveis no celular... fotos de satélite de campos de treinamento do Hesb'Allah, a receita secreta de C4 da sua bisavó ou as fotos da Fernanda Young na Playboy.

Mas se quiser realmente se sentir seguro, você pode tentar o muy discreto o Sectéra® Edge™, da General Dynamics.



O Sectéra Edge possui todas as boas funcionalidades de um smartphone tradicional e alguns extras curiosos, tais como telefonia, e-mail e wi-fi totalmente seguros através dos mais avançados protocolos virtualmente inquebráveis, resistência a quedas, areia, calor, água, café ou ejaculação acidental. Sendo o único celular certificado SME PED, ele é considerado por todos o celular mais seguro do planeta. E é o que Barack Obama usa.



Com o custo de $3.000 dólares, a General Dynamics só esqueceu de investir em apenas um lado, o do design. Ele é mais feio do que bater em mãe com punho fechado. Entretanto, se você está preocupado é com a segurança dos três últimos convites pro Novo Orkut guardados em seu GMail, sofisticação não é exatamente sua preocupação, certo?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uma Arma às Quartas

Algumas pessoas tem receio em falar em público, outras apenas não gostam de se expor demais. Até mesmo para um agente secreto a timidez e o medo de se sentir vulnerável (principalmente à balas) é um obstáculo para sua profissão. Pensando nisso, o exército israelense criou o CornerShot, a arma periscópica.



O CornerShot é, de maneira simplista, um encaixe para diversas armas (normalmente semi-automáticas) permitindo que quem o empunhe possa disparar de um ponto seguro, onde seu alvo não possa atingí-lo ou sequer avistá-lo em alguns casos.



A mira é feita através de um monitor de LCD que dá ao operativo o ângulo correto onde a arma encaixada está apontada. Funciona com Berettas, Glocks, Lança-Granadas, etc, tendo alcance efetivo máximo de 200m, perfeito para alvejar sequestradores, homens-bomba e amigos de trabalho traíras sem que eles percebam.



Seguindo as novas tendências, o CornerShot vem com cartão de memória suficiente para 2 horas de gravação para que você possa rever com os amigos seu último asassinato nos intervalos do futebol, para impressionar as meninas com sua avantajada mira ou para animar aquele churrasco sem graça na casa da sogra.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eu Adoro Cheiro de Napalm e Pão Quente na Manteiga Pela Manhã

Nada mais entediante para um Agente de Sua Majestade do que a responsabilidade de marcar um encontro para um dead drop, um encontro preliminar com um possível informante ou mesmo para um rápido jantar e não ter um bom lugar favoritado para ir. Se você, operativo que não conhece São Paulo muito bem e está cheio de dúvidas eu recomendo a Bella Paulista.



A Bella Paulista funciona 24 horas em qualquer dia da semana e oferece amplo cardápio de opções para o turista recém-chegado, para o notívago morto de fome ou simplesmente para aquels que, como eu, às vezes tem que esperar o metrô (alí do lado) abrir para ir para casa. Por conta disso, vive lotada.

Antes de pensar no caso de assassinar silenciosamente seu informante não deixe de pedir o sanduíche Perdizes no Baguete ou a Banana Split de Chocolate e Flocos. São enormes e você não vai conseguir comer tudo sozinho. Deixe o trabalho para depois.

Como é uma padaria, além das opções à la carte, o estabelecimento tem também doces, sorvetes, pães diversos, café, buffet de sopas e adega. Tudo para deixar satisfazer o mais sensível dos paladares. Um dos poucos defeitos da casa é não ter wi-fi disponível para os clientes, o que numa metrópole como São Paulo já é tão comum que até o McDonald's tem.

Ah, sim... caso queira estrear sua pistola de cerâmica favorita, este é o momento. A entrada possui alarmes e detectores de metal.
 
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