segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um Serviço Secreto às Segundas

Se você acha que a CIA já deveria ter colocado o destemperado e brega ditador da Coréia do Norte, Kin Jong-Ill, para dormir o sono dos justos acredite, você não é o único. Mas existem um ou dois motivos para que isso não aconteça. Primeiro, um americano não passa exatamente disfarçado por entre um segurança cheia de coreanos e, mais importante, se a operação não der certo, ninguém quer explicar a Barack Obama porque a nova possível potência nuclear está chateada.

Sendo assim, o que os rapazes de Langley fazem quando nesta situação? Eles terceirizam. no caso, jogam a banana pro segundo maior interessado em aposentar Kim Jong-Ill, a Coréia do Sul, através do Serviço Nacional de Inteligência, o SNI, ahn... digo, o NIS.

--X--

Apesar da política mais aberta da Coréia do Sul, os modus operandis e faciendis da agência não são mais macios ou delicados que seus irmãos do norte. Conhecido antigamente como KCIA, que por sua vez nasceu do KCIC, o NIS não herdou a linhagem de nomes patéticos entretanto manteve a mesma brutalidade e relativa eficiência que suas progenitoras. Todos os tipos de atividades revigorantes como sequestro e tortura de compatriotas simpatizantes com a Coréia do Norte, defecar em cima da constituição nacional quando lhe convém e eventualmente planejar assassinatos políticos. Aquele feijão com arroz do dia-a-dia.

Por oitro lado, agências de espionagem coreanas tem o singelo hábito de patrocinar as artes e incentivar o turismo local senão com verba, com logística. Não à toa, as olimpíadas de Seul podem ser consideradas as mais seguras já realizadas em países próximos a zonas de hostilidade.

De 1994 para cá, quando o nome NSI foi oficialmente dotado e a agência tem estado bem quieta, empregando 60.000 pessoas em proximadamente 39 quartéis sendo liderada agora por um ativista do direitos humanos, o que se pode chamar de grande ironia. Foi dividia em 3 seções: Assuntos Internacionais, Assuntos Domésticos e a terceira sessão carinhosamente dedicada apenas á Coréia do Norte.

Esta última, em 2008, treinou um operativo norte-coreano para assassinar King Jong-Ill mas como oficialmente a NIS agora só quer saber de paz e amor, negou veementemente qualquer envilvimento no assunto.

Nos últimos dias, o NIS voltou às manchetes quando hackers norte-coreanos resolveram fazer de servidores militares americanos, europeus e asiáticos de playground causando vários DoS ( o bom e velho Denial of Service) e bagunçando operações financeiras. Agentes do NIS localizaram alguns culpados mais rápido do que os investigadores americanos.

Ou, quem sabe, é assim que eles querem que pareça.

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